O Brasil morreu no dia 15 de Dezembro, pelo menos é o que acho, talvez já tivesse morrido muito antes, mas nesse dia ficou claro. Isso é só um registro, um repúdio enorme pela falta de união, conformismo, falta de interesse e vontade em honrar nosso dever de lutar pelo que é certo, direito devido e esquecido que apenas favorece aqueles que vivem nos traindo, não pq podem, mas pq deixamos. Somos fracos, desunidos, incapazes, burros.
Agimos como lemmings, caminhando em direção a ruína como se a beira nunca chegasse. Minha tristeza é maior por saber que a união existe pelos motivos mais banais e talvez inúteis se esquecidos, batalhamos por migalhas e deixamos o que temos de mais valioso aberto ao saque, solto, livre de nosso uso e proveito. Perder a guerra não é vergonha, pior é nem lutar.
É surreal, parece ficção, penso que se pudesse adaptar a obra de Alighieri, diria que lá no inferno, quando Dante chegou ao 9º círculo, dos traidores, o atravessou furioso em busca do pior dos piores, mas chegou ao fim e nada encontrou, somente um congresso vazio. Recesso. É o que sinto.
Um dia aprenderemos que ninguém nos dará nada, ninguém cuidará de nossas famílias, ninguém construirá um país melhor para nós, é nossa obrigação lutar por isso, não apenas sendo honestos, isso é obrigação, sendo implacáveis com os desonestos, sendo cidadãos de verdade, fazendo o que dever ser feito para ter um país melhor para todos, um país que já existe, está aqui, esperando por nós.
Na minha opinião, alguém que nunca fez nada além de minha obrigação para melhorar esse país, Edmund Burke estava totalmente correto: “Para que o mal prevaleça, basta apenas que os bons não façam nada!”
Cansei de ser Roubado.
Tenho vergonha dos políticos desse país.
Tenho vergonha na minha apatia e desinteresse.
Tenho vergonha da desunião e pulso fraco do povo brasileiro.